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o mundo de kimiom

O Norte

MAPA DUPLO COR 05.jpg

Mapa Original do Livro Kimiom de Merídia, em Cores 

Ilustração de Capucci Júnior

A História do Norte

       O grande continente de Seráfi – o maior do mundo – é divido em diversas regiões geopolíticas, agrupadas segundo a formação de suas civilizações e as relações existentes entre elas. O Norte é uma das mais importantes regiões geopolíticas do mundo devido ao poderio econômico e a grandeza de suas nações. Três de seus países foram responsáveis por marcar grandes eras da humanidade: Nijuu, a potência da Idade Média, Merídia, a rainha da Era Clássica, e Tzuan, a locomotiva do Mundo Moderno.

       O Norte passou por grandes transformações ao longo da história, sendo muitas vezes palco das principais disputas do mundo. Sua história está ligada a um passado de guerra entre povoados desorganizados e nômades durante a Era Nômade, até a construção da Grande Muralha de Keprater, uma gigantesca construção nos arredores da capital de Merídia que, no passado, era a cidade de Natsurini, pertencente aos povos antepassados. A muralha contrasta com as evidências de tribos desorganizadas no passado do Norte e sugere que a civilização como organismo político é muito mais antiga na região do que se imagina.

       Considera-se Nijuu o Estado mais antigo a se formar, dentre aqueles que continuam de pé. Os Estados-satélites de Merídia, que ficam ao redor do país, são os de formação mais recente. Ainda na Era Antiga, quando o território de Nijuu era ocupado por tribos com chefes de guerra e alguns reinos, o Norte era governado pelo grande Império de Diana, a deusa do Sol. Sua cultura florescia nas grandes catedrais, onde se exercitava a religião, e nos templos, onde praticava-se a magia dos templários. As ordens de cavaleiros templários eram um grande símbolo da santíssima magia praticada pelo povo dianita. A força do matriarcado dianita constituiu uma nação cuja apenas mulheres governavam. Eras as imperyas, um termo antigo para imperadoras.  Sua capital, a cidade de Kathar, era um importante centro de comércio com o reino de Kaishito, rico por comercializar a seda.

       Foi essa relação de comércio com o maior império do Norte que permitiu ao reino Kaishito se expandir sobre os demais. Seu poder cresceu para lá da Floresta Meio, até que o rei Azyomake Oja observou sua terra e entendeu “Governamos sobre muitos povos, somos um império”. Ele construiu para si um palácio, um trono e, sentando em sua cadeira real, disse a todos “Somos agora o império Único”, o império de Nijuu.

 

       O novo império fortaleceu-se enquanto Diana sofria crises com a invasão dos bárbaros ao sul e revoltas separatistas. O poder de Nijuu se consolidou quando o país conquistou todo litoral do Mar Raso e concentrou a maior parte das relações comercias do Norte, passando a negociar também com o Noroeste, região vizinha, onde estão os Países da Montanha, grandes exploradores de minérios e pedras preciosas. Com a queda iminente de Diana, Nijuu mostrou-se a mais nova potência, não apenas do Norte, mas do Noroeste e do Centro, e agora queria construir um império global, o princípio da Era Média.

 

       O processo expansionista de Nijuu foi cruel. A nação obrigava aos países sob sua influência que adotassem sua cultura e idioma, um colonialismo de fachada, investindo na formação de Estados-satélites e na dominação cultural, sendo Tzuan um dos principais exemplos. Mas Diana nunca se curvou diante de Nijuu, o que gerou uma guerra entre os dois países. A civilização dianita resistiria, porém era impossível impedir que Nijuu os conquistasse. Quando Nijuu tornou-se o maior país do Norte, continuou investindo fortemente em consolidar seu domínio cultural. Construiu escolas, bibliotecas, templos, prédios de governo, tudo seguindo os seus padrões.

       Nijuu acreditava que conquistar Diana foi seu maior mérito. Havia sobrepujado o mais poderoso império que já existiu. Mas na verdade tinha traçado o seu fim. O país iniciou uma terrível perseguição a cultura dianita, mas não conseguiu evitar que uma disputa entre feudos ameaçasse seu poder sobre a colônia. Quando o Feudo do Destino tornou-se o maior e mais poderoso de Nijuu, reunindo todas as terras para cá da Floresta Meio, que antes pertenciam a Nijuu, o imperador não poderia mais impedir que a família de remanescentes dianitas que conquistara tanto poder formar um país independente. O assassinato da princesa Merida logo após a independência marcou o nome do novo país que surgia, o império de Diana ressurgindo das cinzas, a nação de Merídia.

       Merídia investiu em reacender a cultura dianita, rebatizando suas cidades com nomes em dianês, construindo bibliotecas, reabrindo os templos e catedrais, derrubando os altares levantados por Nijuu aos seus deuses. Mas era impossível retirar todas as marcas de Nijuu. O novo país era uma mistura dessas duas culturas e precisaria crescer como tal. Sua capital, Keprater, tornou-se um grande centro turístico, com as ruínas de grandes templos dianitas, palácios nijuujins abandonados e agora prédios que propunham um Renascimento. A cultura floresceu e o poder do império se consolidou, expandindo-se para além do Norte, substituindo Nijuu. Era o princípio da Era Clássica.

       Durante a era de poderio meridiano, o país auxiliou Tzuan na sua libertação de Nijuu. Porém as diferenças entre os três países levaram a região à Primeira Grande Guerra do Norte, que teve como centro a cidade de Mirai, no Estreito Dragão de Jade, a porta de entrada para o Mar Raso. Com a perda de Nijuu, estava consolidada a liberdade de Tzuan e o poderio absoluto de Merídia. Os dois países, Tzuan e Merídia, seguiram aproximando-se, até que Merídia se voltou para o Sul, tornando-se a principal parceira comercial de Luana, a grande democracia matriarcalista do sul. O poder de Luana se expandia e Merídia se quer observara que estava sendo substituída no cenário global.

       Luana assumiu o papel como o principal centro comercial e político do mundo, governando as regiões direto da Cidade das Águas, sua capital. Enquanto isso, a monarquia meridiana seguia um período de diversos escândalos e constantes crises. A inflação gerou disparo no preço dos produtos, haviam filas quilométricas para conseguir alimentos. Revoltas separatistas deram origem a diversos países ao sul de Merídia. Enquanto isso a família imperial mantinha seu luxo, acreditando ser intocável. Mas o clima na Coroa de Merídia mudou completamente com a Revolução de Tzuan, quando uma gueixa derrubou o Senhor de Tzuan, assassinando-o, tomando o poder com o nome de Xían-Mao. O medo entre as monarquias se generalizou e rapidamente tentaram isolar a nova liderança, porém Xían-Mao investiu em estratégias que garantiram a Tzuan um rápido crescimento econômico e em poucos anos o país substituiu Merídia como a locomotiva do Norte e já rivalizava com Luana, centralizando o comércio com o Noroeste e disputando os países do Oeste, Leste e Centro. Havia iniciado a Era Moderna.

       O burburinho de revolução começou a se espalhar em Merídia quando o Ministro da Defesa, Adamantor Jour da Glória, discursou em praça pública sobre os Princípios da Ordem e os Deveres do Estado e do Povo. Sua mensagem rapidamente se espalhou. Seu poder dentro do governo já era grande, mas agora o ministro também tinha a influência. O cenário internacional de crise colocava Merídia contra Tzuan e ameaçava o Norte de uma nova grande guerra. Para evitar o conflito, Xían-Mao apoiou a causa de Adamantor, acreditando que seria uma revolução tal qual a sua. Estava instaurado um novo regime, uma nova fase para Merídia. Enquanto isso, em Nijuu, assumia o imperador Motsu, um jovem visionário, liberal e esclarecido. Parecia uma nova era, de monarquias mais justas e compromissadas com o povo, um Norte mais firme e poderoso.

       Porém a paz reinou sobre o Norte por pouco tempo. O agora imperador, Adamantor, começou a adotar posturas autoritárias.  Motsu e Xían-Mao estavam preocupados que os caminhos de Merídia não seriam os mesmos que os deles. Prevendo uma possível guerra ideológica, Tzuan tratou de garantir o apoio e o comércio com os países do Noroeste, enquanto Merídia isolou os países em sua proximidade. Descia sobre o Norte uma cortina de ferro, o princípio de uma Guerra Fria.

       Nesse cenário nasce Kimiom Lua, na cidade de Belo Forte. E seu nascimento será capaz de modificar, não apenas a história de Merídia e do Norte, mas de mudar todo o Universo. Será o início de uma nova era e você pode ser parte disse. Acompanhe a nova era do Norte em Kimiom de Merídia, à venda no site da editora Upbooks. Não deixe também de conhecer mais curiosidades sobre os países e personagens do livro.  

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